Não há limite para a desonestidade de Sergio Moro


Vou reproduzir aqui, na íntegra, a nota que Mônica Bergamo publicou há pouco na Folha online. Trata da censura que Sérgio Moro fez às perguntas que Eduardo Cunha dirigiu a Michel Temer. Os argumentos são:

(1) Ele não tem autoridade para investigar "direta ou indiretamente" o "Exmo. Sr. Presidente da República" - e o que ele fez o tempo todo com a presidente legítima, inclusive com escutas ilegais?

(2) "Não há qualquer notícia do envolvimento do Exmo. Sr. Presidente da República" com as maracutaias de Cunha - em que mundo mesmo vive o todo-poderoso de Curitiba?

É terrível pensar que este juiz, de uma desonestidade tão flagrante, é hoje o farol moral de tantos brasileiros.


A informação de Bergamo:

O juiz Sergio Moro indeferiu, na manhã desta segunda (28), 21 de um total de 41 perguntas feitas por escrito pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a Michel Temer. 
O presidente da República é testemunha de defesa de Cunha. Ele responderá aos questionamentos também por escrito. 
Cunha chega a perguntar se Temer recebeu Jorge Zelada, ex-diretor da Petrobras envolvido em corrupção, em sua própria residência, em São Paulo, e se teve conhecimento de reunião de fornecedores da Petrobras também em seu próprio escritório, em São Paulo, "com vistas à doação de campanha para as eleições de 2010". 
Em outra questão, pergunta qual é a relação do presidente "com o sr. José Yunes", um dos melhores amigos de Temer, e se ele "recebeu alguma contribuição de campanha" para alguma eleição de Temer. 
Em caso positivo, diz Cunha, "as contribuições foram realizadas de forma oficial ou não declarada?". 
O ex-parlamentar questiona ainda se Temer "indicou o nome do sr. Wellington Moreira Franco para a vice-presidência do Fundo de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal". 
Moro afirmou em seu despacho que as perguntas de Cunha mereciam "censura", já que "não há qualquer notícia do envolvimento do Exmo. Sr. Presidente da República nos crimes que constituem objeto desta ação penal". 
E indeferiu as questões. 
Afirmou também que qualquer denúncia envolvendo Temer deve ser investigada no STF (Supremo Tribunal Federal), e não em Curitiba, já que o presidente tem foro privilegiado. 
"Não tem ainda este Juízo competência para a realização, direta ou indiretamente, de investigações em relação ao Exmo. Sr. Presidente da República", concluiu o juiz.

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