A elegância de Fernando Brito e a covardia da Ombudsman

Sylvia Moretzsohn

O Fernando Brito foi muito elegante na sua crítica à ombudsman.

Na coluna de hoje, ela trata da polêmica decorrente do artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite, que demole o juiz salvador da pátria.

Diante do protesto de Moro e de leitores que o apoiam, ela escreve que "a Folha acertou em publicar o artigo, em nome da pluralidade, mas talvez tenha falhado em não propor que o autor evitasse formulações que poderiam ser entendidas como estímulo à violência".

Ousa dizer isso a propósito de um artigo escrito por um membro do Conselho Editorial do jornal. Um jornal que, como lembra o Fernando, acolhe gente como Reinaldo Azevedo e aquele menino fascistoide.

Na sequência, ela afirma: "É certo que o jornal tem responsabilidade pela qualidade do que seleciona para publicar, mas Moro erra ao querer a recusa pura e simples do texto em razão de seu conteúdo".
Deve ter considerado um ato de suprema coragem dizer que o inatacável meretíssimo errou.
Não, não "errou", simplesmente. Ele sugeriu que o jornal censurasse um artigo.

Só pra recordar, meses atrás, policiais federais da força-tarefa da Lava Jato conseguiram provisoriamente a censura de reportagens do jornalista Marcelo Auler.

Diante da ofensiva censória não pode haver meias palavras. Mas a ombudsman prefere sair pela tangente.

A pusilanimidade jamais conduziu a bom porto. Os resultados costumam ser catastróficos. Disso a história está cheia de exemplos.

Mas parece que a gente não aprende.

Como é covarde essa moça.

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