Não é possível

Alex Solnik

Não é possível que um assessor de Michel Temer tenha dito à Veja, em off, que o chefe não tem nada a ver com as tramoias de Eduardo Cunha, já que era Cunha quem arrecadava nos porões das grandes empresas e direcionava os aportes aos caciques e índios do PMDB e Temer apenas assinava os cheques, achando que ninguém vai questionar "mas espera aí, Temer nunca perguntou de que forma Cunha arrecadava a dinheirama"?

Não é possível que a Polícia do Senado tenha entrado em rota de colisão com a Polícia Federal, removendo escutas nas casas de senadores que estão sendo investigados pela PF. As duas polícias não podem estar certas.

Não é possível que depois de
ter sido cassado e escorraçado do poder em 1992 devido ao seu convívio com o tesoureiro PC Farias, Fernando Collor tenha de novo se envolvido em operações ilícitas nas quais, segundo a Polícia Federal, auferiu mais de 20 milhões de reais.

Não é possível que a mesma reincidência tenha acontecido com o senador Jader Barbalho.

Não é possível que o Itaquerão tenha sido presente da empreiteira Odebrecht para Lula se o Corinthians está pagando os tubos por ele e vai passar muitos anos pagando.

Não é possível que o PT tenha comprado o apoio do PMDB, em 2014, por 40 milhões. É muito pouco para um partido tão grande com tantos chefes. Talvez tenha sido esse o motivo do rompimento: falta de verba.

Não é possível mais ler jornais sem sair para vomitar.

Não é possível imaginar o Brasil sob esse governo até 2018.

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