Humanismo de butique

Nilson Lage

O humanismo de butique não é defeito de um homem ou de alguns homens - e a regra nas instituições brasileiras.

A medicina é gratuita, como estipula a Constituição - para quem paga imposto de renda; tudo que gasta é devolvido. Para os pobres, o sistema oferecia a caridade, ou nada.

As universidades públicas foram feitas gratuitas para ricos, admitidos em vestibulares que exigiam conteúdo não ensinado nas escolas - a não ser as dos ricos. (Quando fiz exames para as faculdades de medicina, na década de 1950, uma delas pedia até prática em laboratório de química).

O político, autoridade,
empresário ou ocupante das chamadas carreiras de estado é não só um homem cordial, mas também generoso - com seus pares.

Para os demais, o trabalho, o folclore e a cadeia.


A minha despedida de Luís Roberto Barroso

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