A Auschwitz curitibana está desMOROnando


Mais uma rodada da deplorável farsa jurídico-midiática, ontem, na Lava Jato.

O primeiro a depor foi o ex Senador fanfarrão, Delcídio do Amaral.

Como não poderia mentir, sob pena de perder o direito da delação premiada e ter a sua situação agravada, por prestar falso testemunho, a contragosto admitiu que as suas insinuações sobre a participação e/ou conhecimento de Lula na corrupção não passou de ilações, de “deduções de político”, acrescentando que o ex presidente nunca tocou nesse assunto com ele ou qualquer outro, em sua presença, e que ele nunca se referiu a isso, com Lula, porque a postura do presidente não permitia esse tipo de assunto.

Logo entrarem em choque os advogados de Lula e a versão bem arrumadinha de um nazicapataz tupiniquim, com Moro tentando fazer o que tem feito até aqui, sistematicamente, direcionando depoimentos e buscando informações sobre situações e fatos outros que nada têm a ver com o processo.

O que eu gostaria de dizer a Moro foi dito, ontem, por um dos advogados de Lula: “pensei que os seus métodos e o seu comportamento tivessem acabado, pelos aliados, em 45”.

Traduzindo para coxinhas: “pensei que o nazismo tivesse terminado em 45”.

Moro não retrucou, engolindo em seco a verdade, para depois, em outra oportunidade, na mesma Audiência, berrar, o que deverá lhe custar mais uma representação.

Aos poucos o polido Dr. Moro vai abandonando o discreto discurso a La Suplicy, para substituí-lo pela vociferação de Hitler e Bolsonaro.

Continua a caça ao Lula, e Moro obstinadamente continua procurando um crime, em vão, os crimes que só existem na mídia de aluguel e nas cabeças dos seus coxinhas amestrados, alimentados com as diárias rações de manipulação.

Com representação contra ele, por abuso de autoridade, com representação na ONU, por estar ferindo direitos humanos, com um salário de quase oitenta salários mínimos, um juiz de primeira instância, investido de mais poderes que os das instâncias superiores, curvando-se a Eduardo Cunha, por medo da língua do arquivo, Moro cercou ainda mais de sigilo (segredo de justiça) os depoimentos dos executivos da Odebrecht, onde estão denunciados praticamente todos os caciques golpistas nos três poderes, tudo
propineiro desavergonhado.

Agravando ainda mais a situação do menino da Cia, é cada vez mais de domínio público que ele foi o juiz no caso Banestado, onde foi desviado vinte e cinco vezes mais dinheiro que o desviado da Petrobras, onde o doleiro, figura central, era o Youssef e os ladrões todos tucanos, com ninguém preso ou uma moedinha devolvida.

Indo de Curitiba para o Planalto, o golpresidente se reunião com 94 “notáveis”, considerados “de peso” na sociedade brasileira.

Além de ter aumentado o número de participantes nesse “conselhão”, o golpresidente trocou 51 nomes e entidades, talvez por falta de representatividade, como a CUT, o MST e a UNE, substituindo pela Fiesp.

Segundo a Receita Federal, se só os da Fiesp pagassem a sonegação que está sendo cobrada na justiça, o déficit público seria coberto dez vezes seguidas.

Ali Babá progrediu, já não são 40, mas 94.

Gedell oscila no cai mas não cai e deve ser mais um ministro fora, nenhum deles por incompetência ou divergência política, mas por causa de desonestidade mesmo.

Logo mais um estará nos holofotes, o dos esportes, Piccianinho, Picciani filho, que vendia vacas superfaturadas para empreiteiras lavarem dinheiro, o que já está sendo apurado, no caso Cabralzinho Beira Cofre, o papai Picciani, presidente da Alerj e sócio de Beira Cofre, mais enrolado que pentelho molhado.

Já no Banco do Brasil... Serão fechadas as primeiras 402 agências, de um total que deve ultrapassar 1 000, que é para rimar, junto com um PDV (Plano de Demissão Voluntária) que atingirá 18 000 funcionários, que se julgavam mais que bancários, rimando novamente.

Isto é um duplo plágio da era FHC: no próprio BB, quando ele demitiu milhares, e nas estatais das teles, quando ele demitiu, reduziu o tamanho, “saneou”, o BNDES emprestou dinheiro e com esse dinheiro emprestado, nosso, a iniciativa privada comprou.

Lembram da nomeação de Eduardo Cunha, por FHC, na Telerj, para fazer exatamente isso, com sucesso?

Estas foram as auspiciosas notícias de hoje.

E para concluir, estão cada vez maiores as filas nos hospitais públicos e particulares, para agendamento de cirurgias, todos com úteros e retos perfurados por cabos de panelas.

Em tempo: atenção, coxinhas! Auschwitz não é nenhuma iguaria alemã vendida na Habib’s, mas um campo de concentração nazista.

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