Rubem Gonzalez
Fernando Holiday nada mais é do que a reedição histórica de um subtipo de ser humano que convive conosco desde sempre. Uma parcela dos mais pobres, dos excluídos, dos oprimidos sempre achou que a solução de seus problemas, o caminho mais fácil está em vender seus companheiros de infortúnio para a elite, são as versões modernas de capitães do mato, calabares de todas as raças, cabos Anselmo do nosso cotidiano.
O mau caratismo e a canalhice afeta uma parcela da nossa população independente
da sua condição sócio econômica, de bilionários que passam outros para trás em tenebrosas transações a qualquer indivíduo do nosso cotidiano, o problema é que o pobre, o miserável que se presta para isso logo de cara não tem nada para vender a não ser o seu semelhante, a sua classe, a sua raça e a honra que nunca possuiu.
O sucesso ou fracasso de sua empreitada será medido proporcionalmente pela reação dos seus, do seu meio, de quem se sentirá atingido ou beneficiado com o seu discurso, suas práticas e o grupo neofascista que ele alegremente representa.
O destino dele não está na minha mão que não sou atingido positiva ou negativamente pelos seus atos, ações e declarações, que então se levantem ou se calem para sempre os principais interessados os afetados diretamente por esse neo projeto de nazista moreno.