O jornalismo investigativo no Brasil

Nilson Lage

Não são repórteres investigativos, porra nenhuma.

Não cultivam fontes; são eleitos por elas como cúmplices confiáveis.

Não questionam. Exercem
assessorias informais a quadrilhas enquistadas no Estado, fingindo, como seus patrões, independência.

Serviçais de arapongas, dividem-se entre cínicos e militantes.

Sequer ouvem bandidos para colher histórias humanas ou o outro lado de versões discutíveis.

Serviçais de arapongas, são porta-vozes da versão única.

Publicam calúnias de encomenda.

Assinam, orgulhosamente, o trabalho sujo que, na melhor hipótese, é o de reescrever o press-release, usualmente analfabeto, do doutor polícia.

Subscribe to receive free email updates:

Related Posts :