A soberba pode estar levando a Lava Jato ao seu limite

Moisés Mendes

E AGORA?

Depois do encontrão que Gilmar Mendes deu no procurador Deltan Dallagnol, correndo o risco de perder apoiadores da direita (como mostra a foto da Folha), a Lava-Jato deve estar recalculando os próximos passos do cerco a Lula.

Um passo em falso e tudo pode ser perdido, em meio a muitas convicções, ainda mais num momento em que Lula cresce nas pesquisas e alguns movimentos se tornam imprevisíveis.
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Há quem considere Sergio Moro mais maduro e menos ingênuo e impulsivo do que o procurador Dallagnol. Mas o juiz já cometeu barbeiragens graves que, em situações normais, teriam ameaçado sua carreira.

Mesmo assim, não chegou ao ponto de peitar o Supremo com a violência com que o procurador fez ontem, ao tentar emparedar o STF e assim evitar a soltura de José Dirceu e, depois, ao criticar a decisão da Corte.

A soberba pode estar levando a Lava-Jato ao seu limite. Se, em algum momento, os patos e os tucanos da Fiesp, os juristas ‘liberais’, os políticos e os jornalistas amigos sentirem que devem saltar fora, por algum erro na estratégia de Curitiba, a Lava-Jato ficará dependurada no pincel. Ou, como diria Gilmar Mendes, no rabo do cachorro.

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